sexta-feira, 22 de maio de 2015

Parto Normal, nada normal

Após 9 meses bem complicado, o grande dia chegou e foi igualmente complicado.

Tudo começou na noite anterior quando o papai teve uma grande dor de barriga, levantou uns 3 da madrugada e foi sozinho ao PS, ficou no soro, voltou, dormiu 30 minutos, num pulo levantou, tomou banho e disse q precisava cumprir um compromisso de trabalho NAS FÉRIAS, me chamou para ir junto mas fiquei brava e não fui, passei a manhã toda no meu quarto escuro assistindo filmes de comédia romântica e chorando. Quando era quase hora do almoço o papai voltou e eu fui tomar banho para saírmos quando notei que o tampão começou a sair, avisei ao meu médico e a vida seguiu.

Quando por volta das 7 da noite falei com meu médico e disse que estava tudo bem.

Foi só desligar o telefone e tudo sair do controle ... Marido jogado no sofá jurando q a dor dele era maior q a minha, eu magoada por me sentir sozinha fui para o chuveiro, quanto mais a água quente caía mais eu chorava e mais eu orava a Deus pelo meu menininho q estava a caminho, eu não sei dizer pq mas o sentimento predominante nesta segunda gestação foi o medo, eu conversava com o BB e pedia perdão por ter desejado uma menina, por ter deixado problemas alheios afetarem minha saúde física e emocional e perdão por ter sido uma casinha tão ruim no meu ponto de vista durante os 9 meses em q ele esteve comigo.

O TP aumentava e eu me descontrolei totalmente, eu chorava e gritava tanto q marido q dormia com sua mega dor no sofá abriu a porta do banheiro com a pergunta "o q está acontecendo?" taquei todos os shampoo nele q tentou conversar pela fresta da porta, ele viu q eu precisava de ajuda e ligou para meu médico q como já tinha acompanhado meu primeiro parto não teve dúvidas de q não era bobagem.

Pegamos nossa primogênita q dormia e levamos para a casa dos meus pais ... Marido dirigia o carro revezando entre "motorista de ônibus descontrolado" e "motorista de domingo" gritei, gritei e gritei ... Vai mais rápido ... Vai mais devagar.

Um percurso de 10 min. Q seria, minha casa/ casa da minha mãe/ hospital, se tornou uma tortura.

Finalmente chegamos, o hospital q foi pago particular somente anestesista e estrutura, funcionou mais ou menos assim a moça da recepção olhava para a guia de internação e olhava pra mim, olhava pra guia e olhava pra mim (má vontade define).

Meu médico chegou, marido levou mais uns chacoalhao meu na porta da maternidade, meu médico me segurou, e já foi me colocando para a sala de cirurgia pq não havia tempo para mais nada.

O enfermeiro me ajudou a me trocar, quando fui subir na cama a minha bolsa estourou, por algum motivo aquilo me deixou ainda mais fragilizada, marido tentava pegar na minha mão e todos perceberam a minha irritação com ele, meu médico pediu q ele saísse por um instante da sala, eu gritava e apertava meu médico "eu vou morrer, VC não esta entendendo, eu estou realmente morrendo".

Eu recebi total apoio de um enfermeiro obstetra q optou por me ajudar muito além da sua função.

O anestesista do hospital mais tarde fui saber q pediu para esperamos, meu médico vendo meu desespero fez a anestesia. A anestesia não pegou, eu tive episio e senti todos os pontos, um a um.

Marido tirou a foto mais linda do mundo do meu primeiro contato com meu garotinho, e minhas primeiras palavras foram, perdoa a mamãe por ser tão brava. Ele parou de chorar e ficamos alí um tempinho só eu e meu pequeno no nosso mundo.

Ele nasceu as 01:33 da madrugada do dia 29/07/2014, tudo o q aconteceu antes deste momento ficou realmente para trás.

Eu me lembro do enfermeiro obstetra dizendo enquanto eu acariciava meu filhote " foi um lindo parto" e polêmicas a parte, cada um tem a sua história e esta é a nossa ;)


2 comentários:

  1. Ahhhhhhhhhhhhhhh que lindo *~*
    Um dia eu vou ter um PN aahhh se vou rsrs
    Bjos :*

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  2. Ahhhhhhhhhhhhhhh que lindo *~*
    Um dia eu vou ter um PN aahhh se vou rsrs
    Bjos :*

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